Jogos Vorazes

Crítica de Rosangela Mendes 


The Hunger Games (Jogos Vorazes) 

Mais uma adaptação do Livro 1984 de George Orwell, onde o autor faz duras críticas, não só ao stalinismo e nazismo, mas a toda nivelação da sociedade com redução do indivíduo em peça para servir ao estado... ou ao mercado através do controle total. O filme gira em torno desses conceitos, submissão e total dominação. Em pouquíssimos momentos se percebe algum tipo de questionamento por parte dos reprimidos ou o desejo de se rebelar contra o sistema. Como uma grande lavagem cerebral, todos aceitam a vida miserável e sem mínimas condições, se sujeitando a todas e quaisquer novas normas impostas pelo governo em oposição à vida dos poderosos, que desfrutam de um universo luxuoso, com tecnologia de ponta e desperdícios consumistas. O filme mostra cenas fortes, porém nestes momentos as imagens ficam confusas, não se tendo real ideia do que ocorre na tela. De uma sala de guerra, os dominantes controlam uma realidade virtual, onde se faz brigar ou amar, para manter emocionante o jogo e a audiência manipuladora. Um apresentador, tal qual nosso Pedro Bial, explica o jogo de maneira a não parecer artificial. Interessante e acredito que bem adaptado, já que também nasceu como um livro, baseado em outro livro, diga-se de passagem claro! E, dando uma de vidente, esperamos os próximos, pois de acordo com o sucesso de bilheteria e com o suspense da última cena, virão com certeza!